Plano CELAC <br>pode erradicar a fome

Se todos os governos da América Latina e do Caribe implementassem as orientações para a segurança alimentar gizadas pela Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), a fome poderia ser erradicada em toda a região, considerou o director-geral da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, para quem o plano «representa a fixação da vontade política» em combater o flagelo.

Em discurso durante a V Cimeira daquela estrutura de cooperação multilateral, José Graziano Silva sublinhou que o plano da CELAC assenta em políticas públicas em diversos domínios e está de acordo com compromissos globais de alto nível. O responsável deu como bons exemplos da aplicação do plano os resultados obtidos por Bolívia, Chile, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Venezuela.

A reunião magna da CELAC realizou-se entre 21 e 25 de Janeiro em Punta Cana, na República Dominicana, e contou com a presença de chefes de Estado e de governo dos 33 países que integram a Comunidade, entre os quais o presidente de El Salvador, Sánchez Cerén, que recebeu a presidência temporária da organização.

Na declaração final,  entre outras matérias, os estados-membro da CELAC reiteraram o seu compromisso em reforçar a cooperação visando a defesa dos interesses e a soberania dos povos, da paz e da democracia e contra todos os tipos de discriminação (incluindo de migrantes), do progresso social e económico no respeito pelo equilíbrio ecológico. Na V Cimeira foi ainda realçado o apoio ao diálogo para a resolução das diferenças na Venezuela, e reiterada a exigência do levantamento do bloqueio a Cuba.

 



Mais artigos de: Internacional

Resistência árabe

A intenção de demolir um povoado beduíno no Negev para construir mais um colonato desnuda a discriminação dos árabes-palestinianos, denuncia o Partido Comunista de Israel, que apela à resistência.

FMLN no futuro de El Salvador

O povo salvadorenho comemorou, em Janeiro, os 25 anos dos Acordos de Paz que puseram termo ao conflito armado que opôs as forças democráticas e populares, reunidas na Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), à violenta e...

Vêm aí tempos <br>«muito turbulentos»

Os Estados Unidos, para onde milhões de africanos foram transportados à força, como escravos, ao longo de séculos, recusam-se hoje a receber refugiados de alguns países de África. Para a presidente cessante da Comissão Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, discursando em...